Irlandês: Anna Paquin tem apenas 7 linhas (mas esse é o ponto)

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De Martin Scorsese O irlandês agora está disponível para transmitir em Netflix, e com isso vieram muitos elogios, mas também muitas críticas, especialmente em relação à personagem de Anna Paquin, Peggy Sheeran. E não porque seu desempenho não fosse bom, mas porque ela tinha pouco ou nenhum diálogo, e a maior parte de sua atuação dependia de expressões faciais. Muitos espectadores expressaram sua decepção (e, em alguns casos, raiva) sobre o talento "subutilizado" de Paquin em O irlandês, enquanto muitos outros elogiaram sua capacidade de entregar uma performance "assustadora" sem dizer muito.

O irlandês marca o retorno de Scorsese aos filmes da máfia depois de explorar outros gêneros por mais de uma década. O filme segue o caminhoneiro Frank Sheeran (Robert De Niro), que se envolve com Russell Bufalino (Joe Pesci) e sua família criminosa da Pensilvânia. Sheeran acaba se tornando seu melhor assassino e vai trabalhar com Jimmy Hoffa (Al Pacino), um poderoso caminhoneiro ligado ao crime organizado. Embora a história se concentre mais nos personagens mencionados, os espectadores também conhecem a filha de Frank, Peggy, que acaba sendo a âncora moral, mesmo que diga apenas algumas palavras.

O talento de Anna Paquin é inegável e é completamente compreensível que os espectadores tenham ficado desapontados ao descobrir que ela não tem muito diálogo - mas esse era exatamente o ponto.

Anna Paquin não tinha diálogo porque seu personagem o exigia

Os espectadores conhecem Peggy Sheeran quando criança e testemunham (junto com ela) como seu pai bate brutalmente no dono de uma mercearia que a empurrou por derrubar um produto. Este foi o início de uma relação pai e filha muito tensa, já que Peggy nunca mais confia em seu pai e fica com medo dele. Sua desconfiança aumenta a cada vez que vê seu pai sair para “trabalhar”, sabendo que ele está envolvido em negócios perigosos. Peggy também não confia em Russell Bufalino, mas ela constrói um forte vínculo com Jimmy Hoffa, a quem ela passa a amar como uma figura paterna e mais do que seu pai real. Quando Hoffa desaparece, Peggy suspeita que Frank está por trás disso, e isso a leva a confrontar seu pai - e essas são as únicas palavras que ela diz.

Paquin não tinha mais falas porque sua personagem tinha medo de seu pai, a ponto de ter medo de falar abertamente, e não tinha realmente um relacionamento com ele. Ela só grita com ele no final do filme porque se preocupa com Jimmy Hoffa, sua única figura paterna. Claro, ela poderia ter tido algo a dizer nas (breves) cenas que teve com Hoffa, marcando ainda mais o contraste entre seu comportamento em relação aos dois homens, mas não foi o caso. Mesmo sem um diálogo substancial, Paquin teve um ótimo desempenho em O irlandês isso trouxe tensão à vida familiar de Frank e mostrou que alguns laços familiares, uma vez quebrados, nem sempre podem ser consertados.

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