Daniel Craig está errado, o próximo James Bond deve ser uma mulher

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Daniel Craig se manifestou contra escalar uma mulher para ser a próxima James Bond, mas sua visão do futuro da franquia erra o alvo. James Bond é um ícone do cinema há quase 60 anos, com reviravoltas lendárias de nomes como Sean Connery, Pierce Brosnan e Timothy Dalton. O personagem tem sido um símbolo de todas as coisas legais e masculinas por mais de meio século, mas o espião de smoking pode ser retratado por uma mulher? Apesar dos pensamentos de Craig sobre o assunto, é hora da série fazer uma partida ousada.

Os fãs adoram especular sobre o próximo artista que se tornará James Bond, com Tom Hardy na mistura. Ao longo dos anos, houve uma discussão interminável sobre o assunto, com particular entusiasmo em torno da ideia de Idris Elba como o espião notoriamente engraçado. Daniel Craig carrega a tocha nos últimos 15 anos, após uma estréia fascinante em Casino Royale, mas com sua aparição final em Sem tempo para morrer, a discussão do próximo Bond voltou ao primeiro plano. Como tantas vezes acontecia com

Doutor quem, outro ícone da tela britânica, a atenção mudou para a possibilidade de uma protagonista feminina. É uma ideia controversa e Daniel Craig deixou claro que Bond deve continuar a ser interpretado por um homem. Então, se até o próprio James Bond está defendendo outro ator masculino na liderança, por que o próximo Bond seria uma mulher?

Resumindo, a franquia precisa evoluir. O primeiro Romance de James Bond de Ian Fleming foi publicado em 1953, há quase 70 anos, e embora a série de filmes seja amplamente apreciada, está sempre em risco de ficar obsoleta. Sem tempo para morrer é o 25º filme de James Bond, e a série deve estar aberta a mudanças se houver esperança de durar mais 25. A franquia sempre deu o melhor de si na hora de tomar novas decisões e levar o personagem em novos rumos. Se o próximo Bond continuar a ser escolhido com base nas características que Bond sempre teve, então o personagem invariavelmente ficará preso ao passado.

Apesar de sua associação com uma sensibilidade clássica, até antiquada, a franquia Bond sempre foi dependente de reinvenção. Mesmo Sean Connery foi uma partida notável de A concepção original de James Bond por Ian Fleming. Comparado à visão sofisticada e etoniana de Fleming, Connery, o escocês da classe trabalhadora, era praticamente um bruto. Esse tipo de mudança provavelmente parecia tão chocante quanto sugerir uma mulher para o papel, mas Fleming mudou de tom depois de ver a atuação lendária de Connery em Dr. Não. O elenco de Daniel Craig atraiu desaprovação semelhante. Seja citando sua aparência ou relativa falta de celebridade, muitos fãs ficaram insatisfeitos com a escolha. O anúncio de que seu primeiro filme, Casino Royale, funcionaria como uma espécie de reinicialização suave, dando início a uma nova abordagem corajosa da franquia, apenas adicionando lenha à fogueira. A decisão de seguir dicas do estilo de A Identidade Bourne parecia um anátema para todas as coisas de Bond. Mas essas mudanças eram exatamente o que a franquia precisava. Olhando para trás, é quase impossível imaginar a série sem essa transformação.

o Franquia James Bond também precisa ir além de seu passado problemático. Parte de se manter atualizado é saber quais elementos existentes devem ser deixados para trás, e o passado conturbado de Bond com sua representação de personagens femininos é a primeira coisa que deve ser abandonada. Esse tipo de crítica remonta aos romances de Fleming que, ao longo das décadas, foram acusados ​​de racismo e misoginia. Nos últimos anos, o próprio conceito de "Bond Girl" tornou-se controverso. As opiniões estão divididas, com o título honorário destacado como um exemplo do sexismo da franquia e um contraponto feminista a Bond. Já houve esforços para abandonar parte dessa bagagem, como lançar Dame Judi Dench como M em Goldeneye, apesar do papel ter sido retratado por um homem na tela por mais de 30 anos. Seu desempenho como M foi considerado um dos mais celebrados e popular na história de James Bond. Passos como esse são necessários para modernizar a série e evitar que seja sobrecarregada por décadas de valores desatualizados.

Embora uma mulher do James Bond possa ter parecido radical no passado, os filmes de ação liderados por mulheres são agora um grampo de bilheteria. Seja Scarlett Johansson na Marvel's Viúva Negra ou Charlize Theron em A velha guarda, o público não tem problemas em aceitar uma protagonista feminina em um filme de ação. Uma mulher do James Bond não teria nenhuma razão para se conter. A própria franquia Bond é cada vez mais conhecida por fortes atuações femininas. Seja o retrato dinâmico de Eve Moneypenny de Naomie Harris começando em Queda do céu ou o empolgante novo desempenho de Lashana Lynch em Sem tempo para morrer, uma mulher em um filme de Bond não é mais relegada a pouco mais do que cenário. A essa altura, não há razão para duvidar de que uma mulher poderia realizar o drama de tirar o fôlego necessário para Bond.

Os fãs já acolheram bem a ideia de que James Bond é um título ao invés de um nome. Enquanto a teoria dos fãs especulando que James Bond é um codinome não é suportada por nenhum dos filmes ou romances, ela permaneceu popular entre o fandom. O público tem celebrado essa maneira de abraçar todo o cânone do filme de Bond enquanto evita a continuidade notoriamente confusa da franquia. Apesar de Céu cai final lendário na casa da infância de Bond, muitos fãs ainda ficam felizes em pensar James Bond como um codinome transmitido de geração em geração. Isso é especialmente verdadeiro para os espectadores modernos que podem se arrepiar com a ideia de um espião que diz seu nome completo a todos os criminosos que encontra. Se os fãs podem apoiar o nome se tornando um título, só faz sentido que o título possa ser passado para uma mulher.

Para que a franquia James Bond pareça relevante em mais 50 anos, ela precisa estar aberta a mudanças. Agora mesmo, Bond é um personagem enraizado no passado, construído em uma série de valores antiquados que não celebramos mais. Se a série se recusar a mudar, não demorará muito até que seja vista como a velha franquia empoeirada que nossos pais assistiram, em vez daquela que amamos. James Bond precisa de novas ideias e sangue novo para continuar interessante, e isso significa dar um grande salto com o próprio personagem. Embora a ideia possa ser desconfortável para alguns, é hora de quebrar o molde com uma mulher James Bond.

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